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Jun21
10 coisas antes dos 30
- Viajar para uma cultura diferente. Pode parecer óbvio, mas quando estamos noutro país com uma cultura diferente da nossa, o nosso mundo interior torna-se maior e mais diverso. Fiz duas destas viagens. Na primeira, à Turquia, senti-me sem chão perante a mistura de cheiros, cores, sons em todo o lado. Impressionou-me particularmente a grandiosidade das casas-cave na Capadócia.
- Dar o salto. Metafórica e (por vezes) literalmente é preciso dar o salto e os 20s são a altura ideal para o fazer. Tornar-se verdadeiramente autónomo. Também dei alguns saltos, um salto literal para o oceano Atlântico nos Açores, outro quando fui viver para a Alemanha. O importante é experimentar sair da nossa zona de conforto e, ao mesmo tempo, assumir a responsabilidade das nossas ações.
- Ganhar dinheiro. Parece óbvio, mas a autonomia depende, em grande medida, da capacidade de trabalhar e ganhar dinheiro. É incomparável a sensação de sermos pagos pelo nosso suor e lágrimas, de ver os resultados (mais) imediatos do nosso trabalho.
- Continuar a aprender. Nunca se deixa de aprender, mas até aos 30 é a altura perfeita para estudar várias coisas (existem inúmeros cursos online gratuitos), ter várias experiências (viajar, ouvir música, ir a concertos ou peças de teatro) e conversar com o maior número de pessoas e escutar a sua sabedoria.
- Ser solidário. Não há maior sensação de propósito que fazer voluntariado. Durante toda a minha vida estive envolvida em várias organizações, vi-as crescer e elas viram-me crescer também. O que se recebe é muito mais do que o que damos, é um sentimento de pertença e de contribuição minúscula para um mundo melhor.
- Falhar, falhar, falhar. Estima-se que a maturação (quase total) do nosso cérebro ocorra aos 25 anos, pelo que é natural cometer muitos erros. Simplesmente não temos a capacidade intelectual, emocional nem a experiência de vida para compreender o mundo como um todo. Sentimo-nos (quase) imortais no auge da nossa juventude e, por isso, é sempre uma surpresa quando inevitavelmente falhamos em alguma coisa. Agora que estou do outro lado, vejo o segredo para ser feliz: tornar-se um expert na arte de “cair e levantar”.
- Chorar as perdas. Até aos 30 anos a maior parte de nós perde pessoas de quem gosta, oportunidades únicas, ideias, juventude. É preciso fazer o luto das perdas, partilhá-las com os nossos mais queridos, dar tempo para sarar as feridas.
- Festejar as vitórias. Da mesma forma, é preciso aprender a celebrar as grandes vitórias: tirar a carta, fazer um curso ou conseguir um trabalho, fazer aquela viagem, amar alguém especial, casar ou ter filhos, ver os nossos amigos crescer, descobrir novas coisas sobre nós próprios. É preciso festejar os grandes momentos da vida.
- Celebrar as pequenas coisas. Ser feliz é aprender a celebrar e sentir gratidão por todas as pequenas coisas que, no dia-a-dia, nos elevam: uma noite bem dormida (e já agora uma boa almofada e bons lençóis!), exercício físico (para mim pilates, yoga ou Tai Chi), um bom passeio (com o meu Príncipe ou um bom podcast), a Natureza (mar e campo), boas comidas (e bebidas!), conversas longas, partilhar interesses, tornar-se íntimo de alguém, encontrar uma nova paixão.
- Ouvir a nossa própria voz. A maior parte de nós cresceu com expetativas, sejam da família e amigos, mas também de nós próprios. Os 20s são uma ótima idade para diminuir o volume do exterior e sintonizar com o que realmente desejamos. Aprender a ouvir a nossa versão da verdade é fundamental para viver em paz, mesmo que o nosso mundo interno pareça muito diferente do mundo externo. Não faz mal, ninguém pode mudar o mundo num dia. Como uma vez uma pessoa sábia me disse “comparamos o palco dos outros com os nossos bastidores”. Ninguém sabe como os outros realmente se sentem, por isso mais vale focar no que sentimos e na nossa atitude perante o que nos vai acontecendo e o que fazemos acontecer.
Dica extra: quebrar as regras de vez em quando!