A minha Avó pede desculpa
Esta semana acabei de ler o meu primeiro livro de 2021. Bem sei que já vou tarde, mas com este covid a minha atenção está um pouco dispersa e concentrar-me torna-se mais difícil.
Contudo, devo dizer que desde que recebi o Kindle, no Natal, sinto-me muito mais estimulada para a leitura porque simplesmente posso levar o Kindle para todo o lado, i.e., do quarto para a sala, da sala para o escritório e do escritório para o quarto.
O primeiro livro de 2021 foi um feliz acaso. Andava à procura de livros para oferecer à minha Mãe e deparei-me com este livro animador, sonhador e nostálgico chamado “A minha Avó pede desculpa” de Frederik Backamn.
Elsa tem 7 anos e vive com a Mãe, grávida do seu irmão “Meinho” e o Padrasto George. No apartamento em frente vive a Avozinha, a sua melhor amiga e as duas vivem todo o tipo de aventuras na Terra-de-Quase-Acordar.
Mas é quando a Avozinha morre que Elsa embarca na maior aventura de todas: uma caça ao tesouro para descobrir quem era afinal a sua Avó.
Esta história tão bonita e comovente, que oscila entre os contos de fadas e algumas realidades tão duras, relembra o papel dos Avós na vida dos netos, a importância de continuar a sonhar e o superpoder de ser diferente.
Ao ler este livro surgiram muitas memórias da minha Avó a brincar às escondidas, da minha Avó a dar-nos doces quando a minha Mãe tinha proibido, da minha Avó a pintar. A minha Avó parecia sempre feliz.
Às vezes dizem-me que pareço com ela: no cabelo, na vaidade (que o meu Avô considerava necessária, desde que com moderação), no amor pela Arte e numa certa abertura ao mundo e a novas ideias.
Ter Avós é um pouco como ter um superpoder, uma memória para a vida de como é ser amado incondicionalmente.