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O espaço das pequenas coisas

O espaço das pequenas coisas

10
Fev21

Kit de Sobrevivência XIX - George Bernard Shaw

KS XIX George Bernard Shaw.png

Tenho andado a assistir ao Chef Show (Netflix), uma série criada por Jon Favreau, inspirada pelo filme “Chef”, que o ator realizou e protagonizou.



Ao preparar-se para o filme, Jon Favreau estagiou com Roy Choi, o Chef coreano cool, sempre amável e prestável, sempre pronto a ensinar, mas também a aprender.


A série divide-se entre os episódios gravados em estúdio, onde vemos a relação entre Chef Roy e Jon Favreau, às vezes com convidados famosos frequentemente ligado ao universo Marvel. Os episódios mais aliciantes, para mim, são aqueles que permitem espreitar as cozinhas mais interessantes da Costa Oeste dos EUA, desde Los Angeles até Las Vegas, passando pelo Texas e São Francisco.


Ao longo da série, Jon levanta o véu da relação entre Chefs, as dinâmicas por vezes competitivas, outras de camaradagem, as histórias de vida de quem não se enquadrou no estereótipo da sociedade. Vamos assistindo a receitas um pouco de tudo: tacos, sopa de peixe, porco assado, bolos, massa, pizza.


Além das receitas e técnicas que vamos aprendendo, achei particularmente interessante ter encontrado esta série numa altura de confinamento. Uma das lições que Chef Roy ensina é que “devemos sempre alimentar os outros Chefs como forma de agradecimento e reconhecimento”. E, assim, frequentemente vemos os Chefs a cozinhar e a conviver, a experimentar receitas novas na hora, numa dinâmica que só é possível fisicamente, quando nos podemos tocar, abraçar, sentir o momento. 

07
Fev21

O Longo Inverno

o longo inverno.jpg

Fotografia: Andrea Mantovani para o New York Times

 

Tudo mudou. Nesta imagem do jardim de Tuileries, em Paris, podemos ver a devastação causada pelo covid. Não há crianças nas ruas, nem velhinhos nos bancos do jardim, nem pessoas apressadas. O mundo parece suspenso, como que a suster o ar à espera da próxima crise.

 

Esta semana Aleksei Navalny regressou à pátria-mãe, onde foi acolhido com um mandato de prisão. Milhares de pessoas protestaram nas ruas e foram presas, incluindo a sua mulher, Yulia Navalnaya. Não há dúvida de que pouco progresso foi conseguido desde a queda do muro de Berlim. Vladimir Putin parece governar como Lenin, envenenado os seus opositores ou mandando para a Sibéria aqueles que discordam da sua visão para a Rússia: expansão e oligarquia.

 

Em notícias mais tristes, Aung San Suu Kyi, líder birmanesa foi detida na manhã de Segunda-feira por um golpe militar. A sua complicada história, primeiro de heroína, a quem foi atribuído o Prémio Nobel da Paz, depois de vilã, quando se soube do genocídio dos Rohingya, uma minoria muçulmana de Myanmar.

 

Um golpe militar é sempre uma má notícia, significa que a democracia não teve guardiões à altura. Por esta razão, quando discuto com amigos ou família se os deputados devem todos ser vacinados, a minha resposta é: provavelmente não. Tal como em todas as outras profissões, deve ser definido um grupo de “indispensáveis” para a Assembleia da República, considerando-se, assim, “trabalhadores da linha da frente”. Naturalmente o Presidente da República e o Governo, provavelmente os líderes de bancada e outros deputados envolvidos em grupos de trabalho que não possam funcionar em teletrabalho. Se não houver Governo, quem nos governará? Se não houver deputados, quem fará leis? Trata-se de, com critérios apertados e sérios, defender a nossa democracia.

 

O Inverno já vai longo, mas só porque Portugal continua sucessivamente nos piores rankings. Não nego a "super tempestade"  de que fala Ricardo Araújo Pereira no “Governo Sombra” de há umas semanas, mas é preciso fazer mais e melhor, organizar e prever melhor.

03
Fev21

Kit de Sobrevivência XVIII - Paulo Coelho

KS XVIII Paulo Coelho.png

Ode a Ti

 

"Um texto antigo diz que cada pessoa, durante a sua existência, pode ter duas atitudes: construir ou plantar. Os construtores podem demorar anos nas suas tarefas, mas um dia terminam aquilo que começaram a fazer. Então param, ficam limitados pelas suas próprias paredes. A vida perde o sentido quando a construção acaba.

Mas existem os que plantam. Estes, algumas vezes, sofrem com as tempestades, as estações, e raramente descansam. Mas ao contrário de um edifício, o jardim nunca pára de crescer. E, ao mesmo tempo permite que, para ele, a vida seja uma grande aventura.

Os jardineiros reconhecer-se-ão entre si – porque sabem que na história de cada planta está o crescimento de toda a Terra."

Paulo Coelho in “Brida”

 

Meu amor, que o nosso jardim continue a florescer durante muitos mais anos. Feliz Aniversário.

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