Kit de Sobrevivência XIX - George Bernard Shaw
Tenho andado a assistir ao Chef Show (Netflix), uma série criada por Jon Favreau, inspirada pelo filme “Chef”, que o ator realizou e protagonizou.
Ao preparar-se para o filme, Jon Favreau estagiou com Roy Choi, o Chef coreano cool, sempre amável e prestável, sempre pronto a ensinar, mas também a aprender.
A série divide-se entre os episódios gravados em estúdio, onde vemos a relação entre Chef Roy e Jon Favreau, às vezes com convidados famosos frequentemente ligado ao universo Marvel. Os episódios mais aliciantes, para mim, são aqueles que permitem espreitar as cozinhas mais interessantes da Costa Oeste dos EUA, desde Los Angeles até Las Vegas, passando pelo Texas e São Francisco.
Ao longo da série, Jon levanta o véu da relação entre Chefs, as dinâmicas por vezes competitivas, outras de camaradagem, as histórias de vida de quem não se enquadrou no estereótipo da sociedade. Vamos assistindo a receitas um pouco de tudo: tacos, sopa de peixe, porco assado, bolos, massa, pizza.
Além das receitas e técnicas que vamos aprendendo, achei particularmente interessante ter encontrado esta série numa altura de confinamento. Uma das lições que Chef Roy ensina é que “devemos sempre alimentar os outros Chefs como forma de agradecimento e reconhecimento”. E, assim, frequentemente vemos os Chefs a cozinhar e a conviver, a experimentar receitas novas na hora, numa dinâmica que só é possível fisicamente, quando nos podemos tocar, abraçar, sentir o momento.