Kit de Sobrevivência XX - Francis Bacon
Esta semana conversava com uma amiga muito querida que me perguntou o que faço para o meu desenvolvimento e crescimento.
Expliquei-lhe que o desenvolvimento pessoal provém da consistência do que fazemos, ou seja, de um conjunto de hábitos, melhor dizendo, de uma rotina.
Para mim, disse-lhe, é muito importante dormir entre 8h e 8h30 porque demoro muito tempo a adormecer e às vezes acordo durante a noite. Apesar de não ser uma opinião jovem e popular, os estudos mais recentes têm demonstrado que dormir menos do que 7h agiliza o envelhecimento e aumenta a probabilidade de desenvolver doenças como diabetes e cancro.
Mal acordo verifico se o meu Príncipe está a dormir. Quase sempre ele abraça-me e este gesto de manhã é uma parte fundamental do meu dia porque evoca sentimentos de amor e pertença. Apesar de não falarmos muito, tomamos o pequeno-almoço juntos, comentando alguma notícia do dia ou algum evento da nossa família.
Depois, é tempo de me arranjar. Para mim, é fundamental tomar duche de manhã, vestir-me e fazer a minha rotina de pele. Desde o covid nunca uso muita maquilhagem, só o suficiente para me sentir “acordada”. Faço a cama e arrumo as canecas do chá da noite e começo o meu dia.
A parte essencial da minha rotina, disse à minha amiga, é à noite, quando escrevo 3 coisas boas, pequenas ou grandes, que aconteceram nesse dia. Geralmente são pequenas coisas como o risotto de cogumelos do almoço ou a almofada ainda estar fresca de manhã ou ter encontrado um cabo dos headphones que pensava estar perdido.
Ao fim de anos a escrever um “diário da gratidão”, é fácil encontrar coisas boas, torna-se natural encontrar o sentido de humor nas situações mais difíceis.
O último hábito que recomendei à minha querida amiga foi começar a meditar. A meditação altera a nossa estrutura cerebral, tornando-nos pró-activos em vez de reativos às situações do dia-a-dia, aprendemos a gerir melhor as emoções e a controlar a ruminação de pensamentos.
Espero ter ajudado! - disse à minha amiga. Mas mal desliguei a chamada, percebi que, na verdade, ela é que me ajudou a perceber que, afinal, ainda há muito caminho a percorrer. As pequenas coisas têm de ser o centro da minha atenção porque é da soma delas que resulta uma vida feliz.