Kit de Sobrevivência XXII - Séneca
Há uns dias saiu o documentário realizado por Kevin Macdonald "A Vida num Dia 2020", filmado por pessoas de todo o mundo, no dia 25 de Julho de 2020. Este filme é, de certa forma, a continuação do documentário "A vida num Dia 2010", filmado por algumas das mesmas pessoas.
A história acompanha o dia de várias pessoas em todas as partes do mundo, desde o amanhecer até à noite. Vemos todas as regiões que o leitor possa imaginar, desde a Sibéria ao Brasil, a Itália, à China e ouvimos, consequentemente, várias línguas e dialetos que nos mostram como o mundo é rico e diverso culturalmente.
Nas cenas iniciais, vemos o nascimento dos primeiros bebés de 25 de Julho de 2020, alguns em casa, outros em hospitais muito sofisticados, mas todas as mães acompanhadas. Mostra bem a universalidade da experiência humana, como nascemos e morremos sozinhos, mas, com sorte, de certa forma acompanhados.
Depois há uma montagem com as diferentes, mas semelhantes, rotinas matinais: lavar a cara, lavar os dentes, tomar o pequeno-almoço. Mas também um vídeo tocante de um homem no Reino Unido que perdeu tudo na pandemia, que refere: “está na hora de mudar de sítio, nós, os invisíveis, tornamo-nos demasiado visíveis a esta hora”. A pobreza também pode ser encontrada em todo o mundo.
Ao longo do filme, algumas imagens são enternecedoras, outras devastadoras, as experiências humanas são tão diversas e complexas ao longo do dia quanto a dimensão do nosso planeta.
Há muitas coisas que nos unem enquanto espécie: todos nascemos; todos morremos; todos temos necessidades fisiológicas; (quase) todos ficamos doentes em alguma altura das nossas vidas; todos choramos, todos rimos; todos precisamos de amar e ser amados. No fim, três coisas são universais, independentemente da sua forma: amor, família, esperança.