Quem conta um conto, acrescenta um ponto
Noutro dia, num dos nossos passeios (ver crónica "Sunny Delight"), decidi aventurar-me e partilhar com o meu Príncipe uma teoria que me tem acompanhado desde que ouvi o discurso de inauguração de Joe Biden.
Joe tinha 30 e poucos anos quando perdeu a mulher e a filha num acidente de carro, tornando-se, portanto, num jovem viúvo. Dois anos mais tarde, através do irmão, conhece Jill Jacobs, uma jovem estudante e foi amor à primeira vista.
Esta história foi contada dezenas de vezes em entrevistas, comícios, festas, mas há outras maneiras de contar a história. Jill estava a meio de um divórcio difícil, com dúvidas sobre seu curso, insegura sobre o seu papel na vida dos filhos de Biden. Consta que Joe pediu Jill em casamento várias vezes antes do “sim”. Embora pareçam uma família muito unida, passaram por muitas provações: a morte de Beau Biden, o filho mais velho, a toxicodependência de Hunter Biden (o filho do meio) e o seu romance com a viúva de Beau, a pressão de uma vida pública.
O que quero dizer é que a vida é difícil, mas nós escolhemos a história que contamos a nós mesmos e aos outros. Podemos ser o herói ou a vítima, o amigo ou o vilão, tudo depende da voz que alimentamos dentro de nós, a vozinha que diz “não sou bom o suficiente” ou a voz que diz “vou conseguir”.