Um dia (quase) normal
Neste fim-de-semana, pela primeira vez em 15 meses tivemos um dia (quase) normal. Tirando as máscaras de Carnaval, por umas horas tudo pareceu normal outra vez.
Acordámos cedo, como sempre, tomámos o mesmo pequeno-almoço de sempre: pão de abóbora e noz com mel e queijo para mim, bolachinha maria com manteiga de amendoim para o Príncipe e dois grandes Cappuccinos. Conversámos sobre o Sol e os passarinhos lá fora e sobre uma série que estamos a ver. Depois, Ele sugeriu um brunch no nosso sítio favorito.
Como era de manhã cedo, decidimos calçar as sapatilhas de corrida e ir a pé. São uns 5km para cada lado, cheios de curvas, sobe e desce, mas uma vista incrível. Pus um vestido de Verão, o Príncipe vestiu a sua t-shirt favorita e lá fomos.
Parámos várias vezes para admirar a beleza dos sítios por onde passámos, sentimos o Sol na nossa face e, por momentos, tudo parecia normal outra vez. Contei as mesmas histórias, “a minha Mãe andou aqui na Escola Primária”, “aqui era onde o meu Avô dizia «cautela que vem aí um carro!»”.
Chegámos ao nosso restaurante preferido, onde nos perguntaram onde preferíamos sentar. Respondemos ao mesmo tempo: “cá fora!”. Sentámos, tomámos um sumo de laranja e um de frutos vermelhos. Ele pediu uns ovos benedict, eu uma sanduíche vegetariana. Conversámos sobre a normalidade de tudo aquilo, sobre o último ano de pandemia, sobre as descobertas no mundo astronómico.
Visitámos uma feira de rua, vimos discos, livros, roupa, jóias, compotas. Sentimos o Sol mais uma vez. Comprámos água fresca num dos cafezinhos. Comemos um pastel de nata, passeámos sempre de mãos dadas.
Que bom voltar à normalidade ainda que só por um dia!