São Valentim
Todos os anos a 14 de Fevereiro celebramos o Dia de São Valentim ou o Dia dos Namorados.
Entre o fim do século II e o início do século III, o Imperador romano Cláudio II ordenou que todos os jovens fossem recrutados para o poderosíssimo exército romano na defesa e expansão do Império. A fim de os motivar, o Imperador proibiu os seus Bispos de celebrar casamentos para que o único laço destes jovens se estabelecesse no exército.
Reza a lenda que Valentim, um Bispo de Roma, perante o Amor de tantos jovens casais recusou obedecer às ordens do Imperador e celebrou vários casamentos em segredo. A maior parte dos casamentos eram celebrados à noite e apenas com a presença dos noivos e, por vezes, as famílias nunca chegavam a saber dos laços traçados ao luar.
Certo dia Valentim foi apanhado e o seu acto de desobediência punido na prisão. Ainda assim, o antigo Bispo continuava a acreditar no Amor, fruto das dezenas de cartas e flores que continuavam a chegar à sua cela. Assim, Valentim tornou-se conhecido como o Santo Padroeiro do Amor, dos namorados e dos casamentos.
Além desta história comovente, segundo alguns registos do século XV, São Valentim também cuidou e curou de várias crianças e adultos com epilepsia. Esta doença neurológica é das doenças mais antigas descritas na História da Humanidade, desde a Grécia Antiga, provavelmente até anteriormente. Durante o período da Idade Média ou Idade das Trevas, o conhecimento era escasso e oculto, pelo que a epilepsia passou a ser vista como uma maldição ou possessão do Diabo, ideia que perdura em muitas culturas até aos nossos dias.
Neste ano, a 14 de Fevereiro, celebra-se o Dia Internacional da Epilepsia ou #EpilepsyDay honrando a memória do Santo Padroeiro das pessoas com epilepsia. Para saber mais pode visitar a Liga Portuguesa Contra a Epilepsia (LPCE)
Sempre me pareceu uma bela imagem, mesmo na doença há Amor, talvez sobretudo na doença precisamos de partilhar o Amor.