Dar Graças
Esta semana falou-se sobre a possibilidade de Donald Trump atribuir um perdão presidencial a si próprio e, assim, escapar vários processos entre os quais fraude fiscal, abuso de poder, entre outros.
Esta semana celebra-se, nos Estados Unidos, o Dia de Ação de Graças.
Embora estejamos do outro lado do espectro, do lado dos colonizadores, dos que chegaram, se apoderaram das terras, escravizaram os povos, destruíram as tradições, eu diria que ainda há muito a ser feito para reparar as relações entre colonizadores e colonizados.
Mas, de repente, dei comigo a sentir esperança. Há muitos meses que não sentia esperança. Esta semana nasceu um primo meu, uma nova vida, mas mais do que isso, senti que posso respirar outra vez.
Pela primeira vez em meses, com a eleição de Joe Biden e Kamala Harris, o tom acalmou, tal como quando alguém baixa o som da televisão, a gritaria parou e finalmente podemos ouvir-nos uns aos outros com respeito, compaixão e harmonia.
Se o leitor me permite, estou muito grata pelos nossos profissionais de saúde, pelos trabalhadores de todos os sectores que todos os dias arriscam as suas vidas para a nossa segurança, pelas forças de segurança, pela saúde e segurança da minha família e por todas as pequenas coisas que tornam o meu dia melhor: o meu pequeno-almoço igual todos os dias, a minha almofada, os abraços do meu Príncipe, os livros que li este ano, as séries e filmes que vimos juntos, os passeios que demos e as conversas que nos aproximaram, as piadas que mais ninguém ia achar graça, o nosso pinheiro de Natal, as fotografias que tirei este ano e, sobretudo, o apoio que vocês, leitores do espaço das pequenas coisas têm manifestado desde o início. Muito obrigada.